Bem-estar

O que é meditação e quais são seus benefícios para a saúde

Com a exigência cada vez maior do mundo moderno e os estímulos constantes recebidos do ambiente, relaxar a mente e direcioná-la para apenas uma atividade é considerado por muitos um verdadeiro desafio. Se não, algo impossível. É celular notificando a todo momento, demandas urgentes do trabalho, cursos a serem feitos, trânsito caótico e tantas outras atividades da rotina que têm feito as pessoas realizarem tudo de forma cada vez mais automática. É nesse contexto em que a meditação surge como solução para se ter mais qualidade de vida.

Isso é possível porque a prática consiste em se desconectar do mundo exterior, voltando a atenção para dentro de si ou para algum ponto específico. Dessa forma, é como se a pessoa acessasse estados vivenciais de consciência, o que proporciona mais clareza nas ideias, tranquilidade, autoconhecimento e autocuidado. Não é à toa que a atividade tem conquistado cada vez mais praticantes ao redor do mundo e sido indicada para o tratamento de diversas doenças.

E é importante destacar que, embora a meditação seja bastante associada à espiritualidade, não está atrelada a uma religião. A prática é considerada importante para muitas delas, como o hinduísmo e o budismo, porque, ao trazer maior clareza, ajuda as pessoas a verem as situações vividas sob uma perspectiva diferente das quais estão habituadas. Com isso, conseguem tomar melhores decisões em na vida.

Os benefícios da meditação de acordo com a ciência

A prática milenar já tem seus benefícios comprovados cientificamente e é indicada como parte do tratamento para diversos distúrbios. Dentre as vantagens, podemos destacar que a meditação:

Reduz o estresse 

Pesquisadores do Davis Center for Mind and Brain da Universidade da Califórnia (EUA) observaram que a meditação gera uma mudança na produção de hormônios, aumentando a produção de endorfina, ligadas à sensação de felicidade. Eles mostraram que, quanto maior o estado de relaxamento, menor a produção de adrenalina e cortisol, associados a distúrbios, como ansiedade, déficit de atenção, hiperatividade e stress. Para se ter uma ideia, os níveis de estresse chegaram a cair 39%, segundo o estudo realizado pelo Wake Forest Baptist Medical Center, na Carolina do Norte (EUA).

Melhora no sistema cardiovascular

Um levantamento da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA), estudou o efeito da prática na rotina de pessoas com pressão alta. Os resultados foram bem positivos, uma vez que houve uma redução da gordura acumulada nas artérias de indivíduos que meditaram durante 20 minutos, duas vezes por dia, durante os sete meses em que a pesquisa foi realizada. Além disso, a Associação Americana do Coração também concluiu que a meditação reduz em 47% as chances de ataque cardíaco e de infarto em adultos que aderiram à prática. A pressão arterial no grupo de pacientes que, além da medicação, passaram a meditar também caiu de forma significativa.

Reduz insônia e distúrbios mentais

A meditação é uma atividade que proporciona um alto nível de relaxamento, maior, inclusive, do que o sono. Dessa forma, ela pode ajudar as pessoas a dormirem melhor e com mais qualidade. Conforme os resultados obtidos pelos estudos do Northwestern Memorial Hospital, de Illinois (EUA), pacientes entre 25 e 45 anos que sofriam de insônia crônica passaram a dormir duas horas a mais por dia, e alcançaram níveis de sono REM mais próximos do considerado saudável. Isso, após meditarem durante dois meses.

Melhora a concentração

Pesquisadores das universidades de Harvard, Yale e MIT observaram que a meditação torna as áreas do cérebro referente à memória e à atenção mais densas. De forma mais prática, pode-se ver o significado disso nos resultados dos estudantes que meditam. Houve uma aumento de 15% nas notas de crianças da escola de Connecticut (EUA) que começaram a meditar. Os alunos tornaram-se mais tranquilos, tiveram mais facilidade para apreender informações e tornaram-se mais focados.

Dicas para quem deseja começar a meditar

A mente humana é dividida em duas partes: uma voltada para os sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato) e outra voltada para a consciência mental. A meditação atua exatamente nesta segunda parte, que está relacionada aos sentimentos, aos processos intelectuais, aos sonhos, à memória e às emoções. Acalmá-la é normalmente um verdadeiro desafio, por isso é preciso muita determinação e disciplina dos iniciantes na prática. 

O indicado para quem ainda não tem o costume de meditar é começar com períodos de três a cinco minutos, e aumentar esse tempo aos poucos, conforme for se familiarizando com a prática. Nesse processo, dois aspectos são importantes: a respiração e a postura. Em relação à primeira, é preciso saber que um dos princípios da meditação é manter o foco na respiração. Ao observar os movimentos dessa função fisiológica e as sensações que proporciona, consegue-se obter relaxamento, além de aumentar o nível de concentração e de atenção.

Paralelamente, a postura é o que proporciona estabilidade e conforto ao corpo e, consequentemente, também impacta na concentração. Sendo assim, é essencial posicionar-se com cabeça e coluna alinhadas (coluna ereta) e relaxadas. Das posições mais comuns, tem-se:

  • Estilo índio: o pé direito é posicionado sob o joelho esquerdo, e pé esquerdo, sob o joelho direito;
  • Estilo birmanês: as pernas ficam cruzadas de modo que os tornozelos fiquem paralelos um ao outo;
  • Posição de meio lótus: os dois joelhos devem tocar o chão. A perna direita deve ficar sobre a perna esquerda, de modo que o pé direito fique em cima da coxa esquerda com o calcanhar para cima;
  • Posição de lótus: assim como no meio lótus, os joelhos tocam o chão. No entanto, as pernas devem ficar cruzadas na altura da panturrilha, de modo que o pé direito fique sobre a coxa esquerda e o pé esquerdo, sobre a coxa direita.

Por fim, é preciso escolher um local tranquilo e confortável para dar início à prática. É importante que não haja distrações, por isso deve-se desligar rádio ou televisão, fechar a porta e a janela para barrar os ruídos do ambiente externo e conversar com amigos ou familiares, caso more com eles, para que façam menos barulho durante esse tempo.

Mais qualidade de vida!

Está mais do que comprovado: a meditação é uma atividade que aumenta aumenta o bem-estar e melhora a qualidade de vida. Então por que não aproveitar esses benefícios a seu favor? Se você já medita ou fez isso em algum momento da sua vida, compartilhe com a gente sua experiência! Caso você ainda seja um iniciante, não se acanhe em deixar com comentário com sua opinião sobre o tema e possíveis dúvidas. E, se você conhece alguém que pode se interessar por este artigo, compartilhe com essa pessoa! 

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